Se pararmos para olhar o universo à distância, veremos que em seus primeiros momentos ele era bem simples, era um espaço cheio de matéria, algo sem caracteres ou características. Era o que na mitologia Hindu se chama de “Turiya” – palavra que descreve algo como “sem atributos”. Leva tempo para ocorrer uma transformação em reinos mais criativos. A pré-condição para a criatividade é o desequilíbrio, o que os matemáticos atualmente chamam de Caos. Através da vida do universo, à medida em que caíam as temperaturas, surgiam estruturas compostas cada vez mais complexas. A partir do estado de fecundidade criativa, manifestava-se mais criatividade. O universo é uma máquina de fazer arte, um motor para a produção de formas cada vez mais novas de se estar conectado, e da justaposição cada vez mais exótica de elementos díspares.
Cada artista é uma antena para o Outro Transcendental. Enquanto seguirmos com nossa própria história para dentro disso e criarmos confluências únicas de nossa singularidade e sua singularidade, nós criamos coletivamente uma flecha a partir da história, do tempo, talvez até a partir da matéria, a qual vai redimir a ideia de que os humanos são bons. Esta é a promessa da arte, e sua realização nunca esteve tão perto do momento presente.
Teoria Musical I: Leitura e Escrita de Partitura
O objetivo da nossa primeira lição será demonstrar como se identifica (lê) cada nota na pauta musical.
Para isso, é necessário determinar qual o padrão de referência, que é o símbolo inicial à esquerda da pauta, chamada de clave.
Qual a função da clave?
As claves nos permitem identificar as notas indicadas no pentagrama. Duas claves são usadas com maior freqüência, a de Sol e de Fá. Também temos a clave de Dó usada em alguns raros instrumentos.
A clave abordada primeiro será a mais usada, a Clave de Sol, usada para partituras para violão e a maioria dos instrumentos. A particularidade desta clave é a nota Sol 3 na segunda linha (de baixo para cima).
Quando não há mais espaço para avançar, adicionamos linhas manualmente para cima ou para baixo, e essas são chamadas LINHAS SUPLEMENTARES e podem ser adicionadas conforme o registro do instrumento de destino. No Violão, a clave de sol aparece com um (8) abaixo indicando que as notas escritas soam oitava abaixo, e isso faz dele um instrumento transpositor de oitava. Por exemplo, a terceira corda solta, um Sol 3 escrito na partitura com clave de sol oitava abaixo, soa Sol 2 quando tocado no violão.
CLAVE DE FÁ
A Clave de Fá é usada para a leitura de instrumentos de registro mais grave ou na mão esquerda do piano. A particularidade que facilita a localização nesta clave é a nota Fá 2 na quarta linha (de baixo para cima). Para encontrar as notas, também é possível (para o aprendizado, a princípio) ler como se fosse uma Clave de Sol com uma linha suplementar acima e sem uma embaixo.
Observação quanto às hastes, que são as linhas anexadas à nota que demonstram o valor de duração.
Quando escrevendo em apenas uma voz, as hastes das notas devem estar voltadas para cima quando abaixo da terceira linha e voltadas para baixo quando a ultrapassarem. As notas localizadas exatamente na terceira linha não obedecem a essa regra, podendo estar tanto voltadas para baixo quanto para cima.
Em escrita à duas vozes, as hastes da voz superior estarão voltadas para cima e a inferior para baixo, independente de onde se encontram nas linhas da pauta.
Aprender a ler e escrever é uma tarefa necessária para a cultura de todos os aspirantes à musica, de instrumentistas à compositores.
É natural que esse processo seja complicado no início, mas quanto mais essa nova linguagem for processada, melhor será internalizada, por isso estude as partituras com regularidade e sempre que puder!